O ator Martin Lawrence retorna pela terceira vez ao papel de “Vovó… Zona” para repetir as mesmas piadas, que já tinham perdido a graça na primeira continuação. Como diz o título de “Vovó… Zona 3 – Tal Pai, Tal Filho”, desta vez ele tem a companhia do ator Brandon T. Jackson (“Trovão Tropical”, “Percy Jackson e o Ladrão de Raios”) no papel de seu enteado Trent, mais um personagem que vai aderir ao crossdressing.
Na trama, o agente Malcolm do FBI, papel de Lawrence, está orgulhoso de seu enteado, que conseguiu entrar na faculdade. Mas Trent não quer saber de estudar, preferindo a carreira de rapper. Até que, após alguns infortúnios, acaba testemunhando o assassinato de um informante da polícia.
É a desculpa para Malcolm justificar outra vez seu fetiche por roupas de mulher. Para descobrir os motivos do crime, ele irá a se disfarçar como Vovozona e se infiltrar numa escola de artes para garotas, que tem relação com o caso. Só que não irá sozinho. Para proteger seu enteado dos bandidos, ele resolve montar Trent também, como sua sobrinha gordinha Charmaine.
A Vovozona vira a responsável pelo dormitório das alunas e Charmaine ingressa como uma nova e estranha estudante. Dois homens negros, vestidos como mulheres em um ambiente exclusivamente feminino. Será que ninguém mais viu “As Branquelas”?
A história toda é uma grande coleção de clichês e preconceitos – mulheres magras contra obesas, bandidos imigrantes, universitárias mostradas como garotas burras, etc. E, como não poderia deixar de ser, logo Trent vai se interessar por uma das garotas do dormitório, Haley (Jessica Lucas, de “Cloverfield”), formando um casal de química nula.
O diretor John Whitesell, que dirigiu o segundo filme, e o roteirista Don Rhymer, que assinou os três filmes, acrescentam pouco à continuação. A tentativa de renovar a franquia inclui, além do personagem mais novo, algumas sequências musicais, no embalo da série “Glee”. O problema é que são cenas péssimas e não se encaixam em nenhum momento com o resto da história.
Até a maquiagem da Vovozona, que sempre foi um destaque das comédias, deixou de ter graça. Lawrence está patético como a velha com problemas de obesidade e repete as mesmas frases e piadas dos outros filmes.
Para piorar sua situação, o astro da franquia se torna praticamente coadjuvante na nova trama, centralizada no personagem de Jackson. O ator mais jovem tenta de tudo no filme: finge ser comediante, cantor e rapper, e no final deixa clara sua limitação como artista genérico.
Falar do roteiro é perder tempo. Não há o mínimo de coerência em cena. Imagina-se que, num acidente de comédia pastelão, as páginas caíram no chão e se misturaram. Um trecho sem sentido ligou-se a outro e o resultado é de dar pena no elenco que se sujeitou a dar vida ao projeto.
Triste de ver. Custou US$ 32 milhões e já fracassou nas bilheterias americanas, quando poderia ter sido lançado diretamente em DVD por alguns trocados, e ninguém notaria a diferença.
Thriller Abaixo:
(EUA, 2011)
Fonte:pipocamoderna
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